segunda-feira, 21 de março de 2016

Minha trajetória, meu barco





Minha trajetória profissional pode ser comparada a um barquinho que vive sempre a navegar em busca de novos horizontes, assim como sempre busco ampliar o meu conhecimento. O barco é forte como a segurança que tenho adquirido a cada dia vivido no chão da escola; carrega vários tripulantes, raramente os mesmos como as crianças que dividem comigo a cada ano letivo, as minhas alegrias e angústias, e crescem com o meu crescimento e dão sentido as minhas viagens em busca de aprimoramento profissional.
Por falar em viagens há dois anos estou navegando nas águas do PIBID – Programa de Iniciação a Docência sobre a coordenação inicial da professora Socorro Cabral que me inspira garra, compromisso e conhecimento na continuidade a professora Ivana de Deus que vem conquistando a minha admiração e respeito. Obviamente é de suma importância registrar as vivências dessa viagem.

Viajar no PIBID tem me proporcionado um leque de desafios e aprendizados envolvendo entre outros a leitura e discussão de vários textos, principalmente dos livros: Alfabetização método sociolinguístico de Onaide e Olympio Mendonça, indispensável para alfabetização das crianças e Tijolo por Tijolo de Naspoline essencial para o desenvolvimento da leitura e produção textual. Esses livros facilitaram muito o meu cotidiano me mostrando novas alternativas que facilitam a aquisição da leitura e escrita das crianças, principalmente na maneira prática e eficaz de alfabetizar através do método sociolinguìstico, como sugere o livro de Onaide e Olympio Mendonça, pois a pesar de já conhecer este método ainda não tinha tanta clareza e domínio sobre ele como tenho agora; ambos serviram para comprovar e ampliar o meu conhecimento teórico e facilitar a minha prática pedagógica.

A produção do memorial também foi uma atividade marcante, pois recorri ao meu baú de lembranças e resgatei através do registro dessa atividade minhas memórias, minha trajetória profissional. Foi muito importante por exemplo lembrar do modo como fui alfabetizada e levantar vários questionamentos principalmente sobre a maneira como faço isso hoje. Com muito orgulho dos resultados presenciei o desenvolvimento das oficinas, a construção do scrape book que favoreceu a produção textual e o entusiasmo das crianças e as demais sequências didáticas planejadas com muito carinho pelos alunos/professores: eles me fazem acreditar que vale apena todo meu esforço e ainda rejuvenescem a minha prática com suas idéias criativas, com sua motivação e com a cumplicidade que vejo entre eles e as crianças. Os filmes também me emocionaram muito e me fizeram refletir sobre vários aspectos fazendo analogia com a nossa realidade.

 Pois bem, não poderia deixar de falar sobre a superação de um grande desafio para mim que foi utilizar ferramentas tecnológicas que já considerava impossível, fora do meu alcance, como por exemplo: navegar no moodo, participar dos fóruns de debate sempre com muito receio, construir e alimentar um blog já que me considerava uma verdadeira analfabeta digital e resistia muito a qualquer tentativa nesse sentido.Não imaginava que a essa altura da minha docência pudesse fazer uso dessa ferramenta e desfrutar dos benefícios no planejamento e desenvolvimento das minhas atividades diárias dentro e fora da sala de aula. Não sou mais a mesma, nem poderia ser como diz Guimarães Rosa:

              Mire veja: O mais importante e bonito, do muno, é isto: que as pessoas não estão               sempre iguais, ainda não foram terminadas  - mas que elas vão sempre mudando.
          
Agora voltando a história do barco, não existe barco sem lastro. Então posso dizer que assim como o lastro oferece equilíbrio e estabilidade ao barco, o PIBID tem oferecido equilíbrio e estabilidade a minha rotina escolar, proporcionando rever meus conceitos, sair do comodismo, construir e utilizar ferramentas corretamente sem pular etapas como fazia no caso do diagnóstico de leitura e escrita; também tem me possibilitado estudar mais para dizer menos bobagens nas rodas de estudo e capacitação.


Para finalizar durante as viagens as vezes o barco  enfrenta mares agitados e grandes tempestades que pode ser comparadas com as barreiras que enfrentamos quando se fala em valorização profissional. E em meio as turbulências o barco balança mas, resiste como nós resistimos as pressões durante os movimentos sindicais; e quando um barco chega ao seu destino e âncora no porto para despachar seus tripulantes saudosos, cheios de bagagens e sonhos comparo aqui como professor dedicado, disposto e consciente que participa de um projeto como o PIBID cumpre sua jornada e deixa lembranças e contribuições no coração e na formação dos futuros professores, que foram contemplados com esse projeto significativo para a iniciação da sua docência. 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

 NO CHÃO DA ESCOLA IV INTERVENÇÃO


Em fim chegou o dia das duplas e trios aplicarem o que tinham com muito carinho planejado e não poderia ser diferente: Anderson e Murilo se saíram muito bem, só apresentaram um pouco de dificuldade em administrar a aplicação das atividades, mas acredito que minhas orientações serviram para completar o show que deram em sala de aula, sempre muito atentos a reação das crianças. Eles capricharam nas orientações que deram para as crianças produzirem uma carta coletiva para enviar a prefeita sobre o descaso que a prefeitura vem demonstrando com  a natureza em nossa cidade, tema trabalhado em sala de aula.





Maria e Camila também realizaram as atividades planejadas com muita atenção e foram muito felizes nas escolha do vídeo que apresentaram as crianças obtendo como resultado a atenção total e o interesse em assistir. Foi lindo ver as crianças se deslocando de seus lugares a procura de uma melhor posição para assistir o vídeo; a única falha foi com o equipamento utilizado que deveria ser testado de antemão, porém serve de lição para que da próxima vez quando se falar do uso de equipamento tecnológico além de testar com antecedência deve-se preparar a segunda alternativa. 






Mais uma vez não tenho dúvidas de como o convívio com esses meninos esta me fazendo bem. Eles me motivam e me desafiam a avançar cada vez mais, me tiram do comodismo e me provocam com suas inquietações.


                                                            OFICINA DE APRESENTAÇÃO 

 No segundo momento, dia 30 de junho foram realizadas as oficinas de apresentação dos planejamentos das aulas. A oficina contou com a apresentação de todos as duplas e trios de bolsistas e iniciou com a apresentação do planejamento de Anderson e Murilo; no discorrer da apresentação todo o grupo participou da avaliação dos objetivos, metodologia e seqüência de atividades propostas por eles, refletindo e apresentando sugestões para a modificações necessárias após análise e discussão. Este  procedimento foi repetido diante das apresentações das demais duplas e trios, sempre com sugestões ou elogios de acordo com o desempenho da dupla ou trio. A oficina foi um sucesso e participei ativamente com muito entusiasmo e interesse nas riquíssimas idéias ali apresentadas, sempre tentando contribuir de acordo com o que tenho vivido no chão da escola. Gosto desse termo: Chão da escola. Cada vez que ouço ele, me sinto mais firme no que faço e mais orgulhosa de está lá e ter a oportunidade de dividir minhas experiências com este grupo. Nunca tinha vivido um momento parecido com este na minha formação profissional; tanto no magistério como na universidade os planos de aula eram feitos de forma isoladas ou baseadas em modelos prontos para serem copiados, por este motivo até hoje confesso também tenho dificuldade com a construção de objetivos, como os alunos que vi ali, porém essa atividade serviu para que eu aprendesse a formular os meus próprios objetivos em vez de copiar objetivos prontos.
Imbernón (2005) ressalta a importância de os programas de formação investirem no desenvolvimento do profissional reflexivo, possibilitando aos professores a aquisição de conhecimentos, habilidades e atitudes para enfrentar as problemáticas postas pela prática docente e pelo contexto social mais amplo. Vejo que estes meninos naquele momento tiveram a oportunidade de compartilhar seus erros e acertos, proporcionando-lhes mais segurança. No ano passado participamos de um atividade chamada tempestade de idéia e ali vivi uma tempestade de sentimentos.




                                                 Oficinas na escola


Chegou a vez das oficinas na escola e para esse momento acontecer foi muito importante estabelecer e cumprir as três etapas fundamentais para o êxito das oficinas. 1* momento: planejamento dos planos de aula, 2* momento: apresentação dos planos para análise e sugestões do grupo e o 3* momento: desenvolvimento das sequências didáticas em sala de aula. Iniciamos então com as atividades das oficinas, tarefa que envolveu um dia de planejamento feito pelas duplas e trios de bolsistas  e orientado pela pró Ivana coordenadora do grupo e Socorro Cabral professora Pesquisadora. Esse momento começou com a leitura compartilhada de um texto enquanto nós, prós supervisoras estávamos divididas entre o acompanhamento das atividades da oficina e o exercício da sala de aula. Em seguida as duplas e trios escolheram seus temas e planejaram suas sequências didáticas com muito carinho utilizando a ludicidade, dando ênfase ao passo a passo do método sociolinguístico de Paulo Freire e utilizando o livro de Onaide e Olympio Mendonça, Alfabetizar as crianças na idade certa com Paulo Freire e Emília Ferreiro.



domingo, 17 de maio de 2015

                                                    Continuação das sequências didáticas


      Os alunos bolsistas continuaram com o mesmo gênero textual: receita no planejamento da segunda sequência didática. Desta vez além de explorar a palavra chave referente a receita como nas aulas anteriores e desenvolverem as demais atividades planejadas, também fizeram a degustação de uma das receitas: creme com cobertura de leite condensado e goiabada para alegria das crianças.
      O desenvolvimento da aula mais uma vez foi um sucesso.


                                                        Projeto de pesquisa


        Em 27 de abril de 2015 foi  apresentado pela colaboradora  Socorro Cabral  e antes supervisora do nosso projeto a sua Tese de doutorado que tem como tema: Narrativas Docentes e a Formação em Contexto Híbridos: O PIBID no Contexto da Cibercultura.  
      Esse projeto é muito importante não só para a professora Socorro como também para nós bolsistas e supervisoras, sujeitos tanto em processo de construção, como de capacitação constante, parceiros como objeto de estudo deste projeto.  
  Após a explanação do projeto a professora Socorro abriu espaço para questionamentos  e foi registrando as dúvidas que serão motivo de futuras discussões e tema de estudo para aprendizagem do grupo. 
 

      Socorro por si só já é motivo de aprendizagem com sua garra, disposição e compromisso com a educação.  
 
                                                        Oba! Escolheram receita

      Para a primeira sequência didática os alunos bolsistas escolheram como tema: receita, sendo três tipos de receitas diferentes. Iniciaram as aulas sempre explorando a palavra chave referente a receita que iriam trabalhar de acordo com o método sociolinguístico do livro Alfabetização: Método Sociolinguístico: Consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire; em seguida deram sequência as demais atividades planejadas.
      Foi um grande aprendizado para as crianças a oportunidade de estudar um gênero textual que eu ainda não tinha trabalhado com eles, principalmente com enfoque nos cuidados de higiene, momento e quantidade que devemos ingerir de cada receita para mantermos uma alimentação saudável.
      Achei muito interessante trabalhar receita com as crianças, principalmente na orientação de bons hábitos necessários para higiene e saúde deles, pois muitas crianças chegam a produzir suas próprias refeições.