quinta-feira, 19 de março de 2015



Planejar é possível

Vasconcelos (2000) diz o seguinte: ...As idéias sozinhas, não resolvem. Por isso, não podemos nos iludir achando que a força de um plano está nas ‘idéias sofisticadas’. Hoje á tarde 19/03/2015 após leitura coletiva e reflexão da mensagem: Recomeço, comprovamos esse pensamento ao sentarmos juntos coordenadoras, supervisoras e alunos bolsista do Pibid para na Escola Vilma Brito Sarmento planejarmos a primeira semana de aula da minha turma. Nunca tinha vivido isso antes, várias pessoas muitas idéias, nenhuma 'sofisticada' porém, muito bem elaboradas, todas com as mesmas finalidades: planejar  de acordo com a realidade. Sinto-me cada vez mais segura e entusiasmada e não vejo a hora de colocar em prática o nosso planejamento. Pois planejar é mesmo uma necessidade.


 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Retorno a UESB e experiência com Pibid

       Portanto, como diz Roberto Carlos em sua música “...estou aqui vivendo esse momento lindo”, trabalhando 40 horas na Escola Municipal Vilma Brito Sarmento, Loteamento Água Branca, pois fui transferida para cá em julho do ano passado; e compartilhando com os meus colegas os desafios da docência nas séries iniciais, mas feliz e orgulhosa por agora passar mais tempo no convívio de colegas dedicadas e competentes que admiro muito e dividindo com elas a expectativa desse projeto da UESB, o Pibid que valoriza o professor regente quando nos convida a contribuir com a formação dos nossos futuros colegas e proporciona a eles contato direto com a realidade, com o aluno e com a iniciação a docência, fator que vai lhe garantir um estágio seguro e com certeza uma experiência significativa para sua carreira profissional.  
       Também não poderia deixar de ressaltar a importância do Pibid na minha trajetória profissional e pessoal. Através do Pibid, sempre com a presença da coordenadora e demais membros do grupo, participei de varias rodas de estudos: cansativo, porém prazerosos e enriquecedores; buscamos e compartilhamos saberes com muita sede de aprender. Através desse projeto fui inserida no mundo digital, principalmente com a insistência, carinho, paciência e motivação da coordenadora: professora Socorro Cabral que nos mostrou novas possibilidades com o uso das tecnologias, ferramenta indispensável ao dia-a-dia do professor.
       Hoje me sinto mais segura para fazer uso dessa ferramenta; também me sinto mais segura na prática escolar cada vez mais respaldada. Portanto, posso dizer que participar desse projeto foi mergulhar num campo de alegrias, desafios e surpresas pois, só achava que tinha a oferecer e não sabia que tinha tanto a aprender.

Continuidade da minha formação


       Em 2003, por incentivo da prefeitura juntamente com a  UESB, ingressei no curso de Licenciatura em Educação Infantil mais tarde Pedagogia no qual fui graduada com muito orgulho em 2006. Confesso que as vezes está na UESB parecia um sonho do qual não gostaria de acordar. Trabalhava 40 horas e estava ali todas as noites envolvida com as atividades e encantada com as descobertas que os nossos mestres nos proporcionavam; até então achava que sabia tudo e fui descobrindo aos poucos que ainda tinha muito a aprender e continuo nesta busca. Busquei, estudei, e encontrei pensamentos de teóricos como Froebel, Piaget, Vygotsky, Freire, Ausubel, entre outros que fundamentaram a minha prática e fortaleceram a minha caminhada tornando-me mais segura no que faço. Aprendi na universidade que a busca pelo saber deve ser contínua e mesmo sendo muito cansativo estou sempre disposta a aprender.
       Fiz uma pós-graduação em psicopedagogia, participei de seminários, palestras e vários cursos de capacitação em busca de qualificação profissional em especial: o PROFA e o Progestão que me proporcionou momentos inesquecíveis de discussão e interação com outros colegas. A minha prática, hoje fundamentada me dá a certeza de que estou proporcionando aos meus alunos o desenvolvimento da sua aprendizagem dentro da nossa realidade, pois quando se fala de educação nem tudo que queremos é possível. Mas, acredito em dias melhores em professores sérios, dedicados, qualificados e valorizados.

Minhas experiências primárias



O meu primeiro contrato de trabalho, foi como professora-leiga, em março de 1989 quando conclui o ensino fundamental e dei inicio ao curso de magistério. Considerada pela minha avó-mãe (mulher sábia, de lições inesquecíveis), que me criou já que fiquei órfã com apenas quatro dias de vida, como dotada do “dom” de ser professora: quando aprendi as primeiras letras, através do grande esforço que ela fazia barganhando galinhas em troca das lições que a vizinha, D.Dina (que só sabia ler e nada escrevia) lia para que eu pudesse repetir, a minha brincadeira favorita era brincar de ser professora. Piaget (1978) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo, por isso, indispensável a prática educativa (apud AGUIAR, 1977 p, 58).
       Já que, cresci ouvindo a minha avó dizer que eu precisava “estudar para ser gente” enquanto estudava despertava cada vez mais o desejo de ser professora. E esse desejo foi aumentando enquanto cursava as séries iniciais do ensino fundamental I. Lembro-me bem da professora Valdelita que mim acompanhou durante os meus primeiros anos escolares e deixou grandes marcas; gostava de ir para a escola ( e olha que ainda existia a reguada para quem não acertasse a tabuada) e tinha também lições decoradas, todas ensinadas por D.Dina. Este ensino era mecânico, repetitivo, através do condicionamento, do estímulo e da recompensa como descreve Skinner; eu tinha muita facilidade em decorar, e  era o que a pró Valdelita sabia fazer: ensinar através do ato de decorar, copiar e repetir para aprender; e fazia com tanta dedicação e seriedade que dava bons resultados. As vezes questiono é como em meio a tanto avanço educacional e tecnológico uma criança dita “normal” pode estudar três, quatro anos, as vezes mais, e não consegue codificar as palavras.

Desejo de ser professora

       Já que, cresci ouvindo a minha avó dizer que eu precisava “estudar para ser gente” enquanto estudava despertava cada vez mais o desejo de ser professora. E esse desejo foi aumentando enquanto cursava as séries iniciais do ensino fundamental I. Lembro-me bem da professora Valdelita que mim acompanhou durante os meus primeiros anos escolares e deixou grandes marcas; gostava de ir para a escola ( e olha que ainda existia a reguada para quem não acertasse a tabuada) e tinha também lições decoradas, todas ensinadas por D.Dina. Este ensino era mecânico, repetitivo, através do condicionamento, do estímulo e da recompensa como descreve Skinner; eu tinha muita facilidade em decorar, e  era o que a pró Valdelita sabia fazer: ensinar através do ato de decorar, copiar e repetir para aprender; e fazia com tanta dedicação e seriedade que dava bons resultados. As vezes questiono é como em meio a tanto avanço educacional e tecnológico uma criança dita “normal” pode estudar três, quatro anos, as vezes mais, e não consegue codificar as palavras.
       Em fim posso dizer que o meu primário e mais tarde o magistério foram determinantes para a minha formação tanto pessoal como profissional. Então, continuando a minha história, quando concluir o ginásio como dizíamos e comecei a cursar o primeiro ano do curso de magistério,  incentivada pelos meus professores, diretor e amigos; assumi uma sala de aula do ensino fundamental I, multisseriada na zona rural,  na cidade de Itamari onde eu morava, por determinado período enquanto contratavam um professor com  experiência, disponibilidade e que fizesse parte do grupo político que acabara de ganhar as eleições, já que estávamos em fase de transição de governo. Porém, mesmo sem experiência mas considerada pelos pais e alunos como “boa professora” esse contrato estendeu-se por três anos, tempo que conclui o magistério; esta foi uma das mais preciosa experiência da minha vida.

Trajetória

       Em março de 1991 fui transferida para a sede do município através do convite do professor e diretor do maior e melhor colégio daquela cidade, professor Aílton, pessoa que sempre acreditou no meu potencial e que foi muito importante na minha formação profissional e hoje por coincidência e para minha felicidade ele é meu colega de trabalho aqui em Jequié. Depois dessa experiência bem sucedida,do aval desse colega e de assumir uma sala com turma única tudo ficou mais fácil para o meu desempenho profissional. Trabalhei produtivamente durante cinco anos com muito entusiasmo, carinho, responsabilidade e dedicação, fatores que considero essenciais na carreira de um professor, até que essa trajetória foi interrompida por motivos políticos apesar de, na época já ser professora efetivada por concurso em março de mil novecentos e noventa e três.
       Esse foi um período muito difícil para mim, recém-casada com meu marido distante por motivo de trabalho e com o meu primeiro filho pequeno era como se eu estivesse perdido o chão. Impedida de fazer o que eu achava que sabia e amava,  magoada com a situação tentei abandonar a minha profissão; fiquei por quatro anos afastada de sala de aula porém, em 1999 mudei com a minha família para a cidade de Jequié e voltei a assumir uma sala de aula de educação infantil em uma escola particular. No mês de julho desse mesmo ano descobri que estava grávida do meu segundo filho. Confesso que não foi fácil, foi uma gravidez muito difícil e enquanto trabalhava muito ganhava muito pouco; mas, estava feliz porque estava de volta a sala de aula. No ano seguinte em 2000 fui aprovada em concurso público específico para distrito e desde então tenho a graça de reescrever a minha história. Meu filho nasceu em vinte de fevereiro e mais ou menos vinte dias depois do parto, optei em começar a lecionar já que legalmente eu não tinha direito a licença maternidade remunerada e só poderia tomar posse depois da licença. Escolhi e fui para o distrito de Florestal; e a estrada era muito ruim, o trajeto muito demorado, o carro desconfortável mas em compensação me apaixonei pela escola,pelos  alunos e colegas que me receberam de braços abertos e me cativavam dia a dia.

Motivação

       A escola era precária, os alunos novamente multisseriados, entretanto, sedentos de saber; vinham de longe cansados do trabalho no campo, mas acreditavam na minha proposta de trabalho e demonstravam gostar de participar das minhas aulas, fato que mim motivava a planejar  cada vez melhor, pensando neles em como poderia amortecer seu cansaço sem perder de vista os objetivos propostos no planejamento diário.  Eles não sabiam  como  estavam sendo importantes para mim, era um sonho está de volta a sala de aula; agora vivendo uma experiência nova pois a maioria deles eram adultos iguais a mim.Continuei na luta trabalhando com muito orgulho e dedicação, motivada.