Em março de 1991 fui transferida para a sede do município através do convite do professor e diretor do maior e melhor colégio daquela cidade, professor Aílton, pessoa que sempre acreditou no meu potencial e que foi muito importante na minha formação profissional e hoje por coincidência e para minha felicidade ele é meu colega de trabalho aqui em Jequié. Depois dessa experiência bem sucedida,do aval desse colega e de assumir uma sala com turma única tudo ficou mais fácil para o meu desempenho profissional. Trabalhei produtivamente durante cinco anos com muito entusiasmo, carinho, responsabilidade e dedicação, fatores que considero essenciais na carreira de um professor, até que essa trajetória foi interrompida por motivos políticos apesar de, na época já ser professora efetivada por concurso em março de mil novecentos e noventa e três.
Esse foi um período muito difícil para mim, recém-casada com meu marido distante por motivo de trabalho e com o meu primeiro filho pequeno era como se eu estivesse perdido o chão. Impedida de fazer o que eu achava que sabia e amava, magoada com a situação tentei abandonar a minha profissão; fiquei por quatro anos afastada de sala de aula porém, em 1999 mudei com a minha família para a cidade de Jequié e voltei a assumir uma sala de aula de educação infantil em uma escola particular. No mês de julho desse mesmo ano descobri que estava grávida do meu segundo filho. Confesso que não foi fácil, foi uma gravidez muito difícil e enquanto trabalhava muito ganhava muito pouco; mas, estava feliz porque estava de volta a sala de aula. No ano seguinte em 2000 fui aprovada em concurso público específico para distrito e desde então tenho a graça de reescrever a minha história. Meu filho nasceu em vinte de fevereiro e mais ou menos vinte dias depois do parto, optei em começar a lecionar já que legalmente eu não tinha direito a licença maternidade remunerada e só poderia tomar posse depois da licença. Escolhi e fui para o distrito de Florestal; e a estrada era muito ruim, o trajeto muito demorado, o carro desconfortável mas em compensação me apaixonei pela escola,pelos alunos e colegas que me receberam de braços abertos e me cativavam dia a dia.
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